Jeaninne Burgoa Valle é graduada em Arquitetura e Urbanismo, técnica em Agricultura e Pecuária, e intercambista aqui na AuE Software.
Diretamente da cidade de Santa Cruz, Bolívia, ela trabalhou como arquiteta por 4 anos em empresas de construção, mas durante sua pós-graduação em Design de Interiores se envolveu com o paisagismo, onde pode aprender mais sobre plantas nativas e as variedades oferecidas por essa área de atuação, assim como se apaixonar ainda mais pelo que a natureza nos oferece.
"Em minha busca por conhecimento, descobri mais campos da arquitetura que me agradavam e tive a oportunidade de fazer um intercâmbio com a AuE. Hoje, trabalhar com essas ferramentas me dá uma perspectiva maior para desenvolver e aprender cada vez mais sobre a área."
Seu projeto engloba todo o processo de montagem projeto residencial, desde a arquitetura em si até os detalhes do paisagismo ao redor, mostrando opções de composições de plantas, mobiliários e materiais inteiramente em 3D. Dessa forma, sua intenção era diminuir as barreiras impostas pela falta de familiaridade com um programa no desenvolvimento de um projeto, nesse caso o Visual Plan.
"Ao interagir com os clientes, tive a percepção que alguns deles ainda não conhecem o grande alcance que esse programa tem. Acho que nós limitamos o escopo das ferramentas quando não procuramos uma solução ou não nos perguntamos se ela será possível. Por isso, decidi que tinha de mostrar que o programa pode fazer esse tipo de projeto do zero, com apenas uma ideia na cabeça e o programa aberto."
Os primeiros passos consistiram em pensar a arquitetura e os materiais que seriam utilizados. Para isso, bastou seguir os parâmetros básicos de um projeto arquitetônico e optar por uma linguagem estética. A intenção de Jeaninne era criar harmonia entre a área externa e a arquitetura, além de exemplificar a variedade de jardins que podem ser representados no Visual Plan, como: jardins verticais, jardins internos, jardins orgânicos, entre outros que aparecem nos webinários da AuE. Durante esse processo criativo, ela tomou liberdade para se desafiar com diferentes texturas, tamanhos e cores para cada jardim. Então, para o layout das pranchas, ela procurou não apenas mostrar as ferramentas, mas também ilustrar as diferentes maneiras de apresentar os projetos ao cliente pelo Visual Plan, destacando a importância de pranchas mais técnicas e atraentes em uma sociedade bastante visual.
Na montagem do paisagismo, o catálogo disponibilizado pelo software foi analisado a partir das plantas que continham texturas e cores com as quais ela gostaria de trabalhar. Outra questão abordada foram as sensações para além do senso estético, como o som da água corrente em uma fonte e o calor e crepitar de uma fogueira, aguçando os sentidos e convidando as pessoas a estarem imersas no ambiente. Em relação as espécies, a escolhe dependia da situação que ela seria inserida. Os jardins verticais, por exemplo, pedem plantas de raízes rasas, que não precisam de muito espaço para crescer, portanto a bromélia, que se encaixa perfeitamente nesses padrões, foi implantada ali. Já ao planejar o jardim interno, vegetações como lírios, pita azul e palmeiras, reforçam as variadas cores e alturas. Ainda, ela conta que o desenvolvimento do projeto a partir do programa fluiu com rapidez e facilidade após a definição do conceito, indicando que para tal feito, é essencial aprender e testar as possibilidades que o programa oferece.
"Quando eu não sabia como realizar uma ação no programa, explorei todas as barras de ferramentas que ele possui até encontrar a melhor maneira de realizá-la para mim. Acredito que cada pessoa tem uma maneira diferente de trabalhar e cada um pode aproveitá-la à sua maneira, desde a representação de uma pequena casa do zero até o projeto paisagístico de um grande terreno. A interface do Visual Plan é bastante fácil de entender, o catálogo e a quantidade de informações que ele tem sobre as plantas são, sem dúvida, um dos grandes benefícios do software. Além disso, a possibilidade de fazer ilustrações atraentes com o mesmo programa e de inserir tabelas de relatórios automaticamente para o cliente poder entender o projeto é outra das vantagens que ele oferece."
Finalmente, sobre o papel do paisagismo na rotina das pessoas ao longo dos anos, Jeaninne afirma que originalmente ele era adaptado ao espaço, à forma e ao conceito, sendo realmente considerado apenas no final do trabalho arquitetônico. Contudo, há uma maior conscientização sobre o valor da vegetação existente atualmente, tanto que, em muitos projetos, ela caminha paralelamente ao projeto arquitetônico ou serve até mesmo como inspiração para o conceito arquitetônico.
"Acho que em um determinado momento da história o paisagismo era entendido como algo ornamental e estético, além de caro. Atualmente, reconhece-se que o paisagismo de uma casa contribui para a qualidade de vida e o bem-estar de seus habitantes, melhorando a saúde física e mental. Conseguir trabalhar em harmonia entre a arquitetura e o paisagismo, ou seja, com uma integração dentro da residência, é uma verdadeira arte, que está se tornando mais importante devido às mudanças que chegam com o tempo, por exemplo a pós-pandemia e as mudanças climáticas abruptas, fazendo com que a sociedade reflita sobre a necessidade do paisagismo nas residências."
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