Um projeto 15 anos depois
Autor: Leone Nogueira - Data: 14/06/2017
Esta é uma arquitetura que não entra pelos olhos. Seu objetivo é desaparecer. O Estádio de atletismo que Carme Pigem, Rafael Aranda e Ramón Vilalta (RCR) construíram nos arredores de Olot, há 15 anos, é um exercício de paisagismo e arquitetura, na qual não se pode dizer que ganhou a batalha entre a natureza e a construção ou que tem a voz dominante no diálogo estabelecido entre os dois. É aí que está o seu valor. Este é um projeto atípico na trajetória desses projetistas, um estudo que construíram principalmente em Olot. Que alcançou fama internacional com tais trabalhos locais e agora trabalha no mundo com a mesma ambição de servir e melhorar as coisas distintivas dos locais.
Precisamente no limite entre o tecido urbano de Olot e o início da reunião entre a cidade e a paisagem exuberante da Garrotxa, o estádio é um exercício de imaginação e acordos sem paralelo entre a arquitetura de instalações esportivas. Embora este estudo tenha assinado parques únicos, tambem não é fácil achar outro projeto como esse que não é imposta, senão que consegue falar da sua natureza. Por que falamos hoje de um projeto concluído quinze anos atrás? Porque a natureza que o rodeia e o formam mantém viva e em mutação. Diz-se que precisa de uma década para julgar qualquer jardim. Essa década passou. E o estádio tem ainda conseguido algo que parecia difícil de alcançar, tem melhorado com uma nova exuberância e relacionamento com seus usuários.
Não pode ter sido fácil convencer federações, atletas e juízes esportivos que a sombra, oxigênio e o próprio lugar acrescentariam valores a suas instalações. Mas hoje, torna-se difícil de acreditar o contrário. É difícil imaginar que, em seguida, pode parecer difícil de entender a reconciliação entre arquitetura e construção. Neste projeto há esforço e acordos. Criado em um antigo campo de cultivo, no meio dos carvalhos, o estádio é cimentado no gênio que consegue limpar a passagem dos atletas sem sacrificar os carvalhos que estão desde antes. Os arquitetos tornaram possível. Eles também consiguiram que o seu esforço não seja percebido. E o tempo, as pessoas e o lugar -que absorveu o estadio- lhes deram os motivos.
Veja também
Morre Haruyoshi Ono, o arquiteto paisagista do Museu do Amanhã e da Vila dos Atletas
Jardins com árvores frutíferas é a nova combinação do paisagismo
Pessoas tendem a ser mais felizes e saudáveis em bairros caminháveis
Irrigação estimula desenvolvimento socioeconômico em Goiás - Brasil
Anterior Próximo