Brasil faz acordo internacional para proteção de espécies da flora e da fauna ameaçadas
Autor: Anita Cid - Data: 01/09/2010
O Brasil assinou um convênio com a União Internacional para a Conservação da Natureza, objetivando melhorar a avaliação, a conservação e a recuperação das espécies da flora e da fauna ameaçadas de extinção no país. Até o final do ano, o governo deve estender a proteção a espécies em risco para 26%. Atualmente, o percentual é de 3%.
De acordo com o diretor de Biodiversidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Marcelo Marcelino, um plano de ação define as estratégias de redução de riscos e de recuperação de uma espécie. O plano também cria um calendário de ações e condições para avaliar o que está sendo executado e que ações estão sendo eficientes para a proteção.
Bromélia Imperial, uma das espécies ameaçada de extinção
Apesar do esforço, os resultados apresentados pelo Brasil estão muito aquém dos compromissos assumidos pelo país no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica, o mais importante acordo internacional para a proteção da fauna e da flora do planeta. "Não cumprimos a meta de ter planos de ação para todas as espécies, mas estamos repactuando essa meta para atingir 100% das espécies em 2014", acrescenta Marcelino.
O diretor reconhece que, mais do que criar os planos de ação, o desafio é colocá-los em prática. Ele defende que a conservação da biodiversidade seja considerada uma questão central na definição de políticas e de investimentos do governo. "O Brasil vai crescer muito nos próximos anos e isso causa impacto à biodiversidade. Nossa missão é compatibilizar os dois interesses. O ICMBio não é um órgão de obstáculo ao crescimento. Queremos o crescimento, mas de forma compatível com a conservação", alega. Dono da maior biodiversidade do planeta, o Brasil tem 629 espécies ameaçadas de extinção.
Fonte: Agência Brasil
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