Biodefensivos: uma alternativa sustentável, segura e acessível

Arruda ( Ruta graveolens L.). Fonte: Guilherme Mattos.

Para um belo desenvolvimento do jardim é necessário dedicação e cuidado. Empresas especializadas podem ser contratadas para a manutenção da área, porém pequenos problemas repentinos podem ser inicialmente controlados pelo próprio cliente.

Encontra-se facilmente defensivos químicos em lojas de jardinagem e produtos agrícolas, no entanto seu uso exige atenção. Muitos possuem os mesmo princípios ativos de agrotóxicos usados nas lavouras, mas em menor concentração, o que requer certa cautela e preocupação ao escolher seu uso.

No entanto, há alternativas que controlam pragas de forma eficiente, barata, segura e sustentável e os biodefensivos se enquadram nesta opção.

No quadro abaixo é apresentado algumas receitas de biodefensivos e suas indicações.

Uma outra opção para a prevenção do surgimento de pragas é o cultivo de plantas que liberam substâncias que repelem naturalmente pragas e doenças. O coentro, a arruda e cravo de defunto são exemplos, e beneficiam o jardim repelindo as pragas, seus extratos também podem ser pulverizados nas plantas infestadas, e essas ervas ainda podem ser consumidas.

Vale lembrar que a forma que o jardim expressa um desequilíbrio é através do surgimento de pragas. E para um jardim ter equilíbrio ecossistêmico, ou seja, uma excelente interação entre plantas, animais, microorganismos, solo, água e ar, ele tem que possuir espécies nativas, grande biodiversidade e solo nutrido.

Os sistemas agroflorestais para produção de alimentos são capazes de conquistar parte desse equilíbrio ecossistêmico utilizando o consórcio entre espécies, como por exemplo, o cultivo da planta de capuchinha (Tropaeolum majus L.) sendo companheira no cultivo de outras espécies, como o repolho (Brassica oleracea var. capitata L.). Isso porque, a capuchinha pode repelir pulgões e besouros, atrair lepidópteros, melhorar o crescimento e o sabor de outras plantas, o que consequentemente aumenta a qualidade das hortaliças cultivadas nesse consórcio favorável.
Na nova versão 2022 do LandOFFICE há informações sobre consórcios em Sistemas Agroflorestais (SAFs), basta entrar no catálogo, presente na interface inicial do LandOFFICE.

Referências:

FABIANA PENEIREIRO (Brasil) (org.). Conceitos Básicos – Sistemas Agroflorestais. Disponível em: https://www.agrofloresta.net/conceitos-basicos-sistemas-agroflorestais/. Acesso em: 10 jan. 2022.

PAIVA, A . F. de. É bom conhecer o cultivo de plantas medicinais. Fortaleza, EMATER - CE, 1995. 28P. EMATERCE. (Informações Técnicas, 56).

STOLL, G. Proteccion Natural de Cultivos (Baseada em Recursos Locales em el Tropico y Subtropico. Weikersheim: Margraf, 1989. MISEREOR., AGRECOL., Gaby STOLL.

ZAMBERLAN, A. F.; FRONCHETI, A. A agricultura alternativa: um enfrentamento à agricultura química. Passo Fundo: P. Berthien, 1994. 167 p.


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