Pesquisa aponta que pessoas que moram em bairros com área para caminhada são mais felizes
Autor: Anita Cid - Data: 08/01/2011
Sempre debatemos aqui na revista AuE Paisagismo Digit@l a importância do paisagismo e de áreas de convívio social para o bem estar das pessoas. O verde e as flores, além de suas belezas naturais, trazem conforto térmico, um ar mais saudável além servirem como estímulo à prática de atividades ao ar livre. Respaldando isto, a Universidade de New Hampshire, nos Estados Unidos publicou uma pesquisa comprovando que pessoas residentes em áreas na quais as necessidades básicas do dia a dia, como supermercados, correios, livraria, hospitais e bancos, estão a distâncias "caminháveis" melhora a saúde e a qualidade de vida dos moradores, além de ter implicações no ambiente local.
Fonte: http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/eduardo-andreassi/viagens-nacionais/santos-uma-cidade-a-ser-admirada--11084.asp
O novo estudo associou vizinhanças caminháveis com o aumento de benefícios sociais, como melhora da saúde e das oportunidades econômicas. "Nós descobrimos que bairros que são mais caminháveis possuem maior capital social como confiança entre os vizinhos e participação nos eventos locais", afirmou a autora do estudo, Shannon Rogers. A pesquisa foi feita em bairros da cidade de Durham, localizada no Estado da Carolina do Norte, e em Portsmouth e Manchester, cidades americanas do Estado de Nova Hampshire.
Foram os próprios participantes que identificaram o índice de "caminhabilidade" de seus bairros ao indicar o número de locações onde eles poderiam ir andando. As comunidades com mais de sete pontos (em um índice de 0 a 13) eram consideradas "caminháveis". Para medir o capital social os pesquisadores utilizaram uma escala desenvolvida pelo cientista político e professor da Universidade Harvard, Robert Putnam.
Os resultados mostraram que aqueles que viviam em bairros onde os locais essenciais estavam a uma distância mais curta confiavam mais em seus vizinhos, participavam de mais projetos comunitários e grupos de voluntariado, frequentavam mais clubes locais e descreviam menos a televisão como principal forma de entretenimento. "Se você pode sair facilmente pelo seu bairro e viver perto de outras pessoas, você vê vizinhos que não iria normalmente. Essa interação gera confiança e troca de informações", explica a autora.
Fatores sociais e a sustentabilidade
De acordo com Shannon, um dos principais objetivos do estudo era medir a interação entre aspectos físicos, ambientais e sociais e as implicações desses fatores na sustentabilidade de determinada região.
"Muitas vezes ouvimos sobre o tripé da sustentabilidade, mas enquanto os aspectos ambientais e econômicos são bem compreendidos, a questão social é menos articulada. Esta pesquisa foca no que significa sustentabilidade para uma comunidade e, em particular, se concentra em como isso poderia ser medido e melhorado", diz.
Ela defende a importância da pesquisa ao lembrar que no futuro as comunidades deverão ser planejadas não apenas para economizar energia e outros bens materiais, mas também para gerar mais capital social.
Fonte: Blog Eco Desenvolvimento
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