Adubo Vivo: Cultivando um Jardim Sustentável com o Bokashi

O uso de adubos para o enriquecer o solo, melhorando a qualidade nutricional das plantas é bastante comum na jardinagem e agricultura. Contudo, quando eles são compostos por elementos químicos e sintéticos, podem acabar prejudicando o meio ambiente. Por isso, é importante considerar nesses casos a sustentabilidade, dando preferência a produtos orgânicos que não afetem negativamente a natureza.

Nesse sentido, o bokashi, fertilizante orgânico de origem japonesa, tem conquistado espaço nos cuidados com o solo e o paisagismo. Sua composição é derivada de uma mistura vegetal fermentada com microrganismos eficazes que fornece nutrientes às plantas e promove o equilíbrio biológico do solo, melhorando suas condições físicas, químicas e sanitárias. No paisagismo, ele pode ser aplicado de diferentes formas para cultivar plantas saudáveis e ecologicamente corretas:

Os micro-organismos presentes no bokashi ajudam a aumentar a biodiversidade do solo, melhorando sua estrutura e a qualidade dos frutos; controlar doenças e pragas das plantas; manter o equilíbrio ecológico do solo; aumentar a absorção de nutrientes pelas plantas, a produção de biomassa e a capacidade de retenção de umidade. Caso esteja líquido, precisa ser diluído. E, quando encontrado farelado, pode ser misturado ao substrato e regado na sequência. Esse adubo é seguro e benéfico para uma ampla variedade de plantas, incluindo vegetais, frutas, flores e até mesmo em plantas ornamentais e suculentas e seus nutrientes são liberados gradativamente por um período que varia entre 1 e 3 meses.

Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados ao lidar com o bokashi, a fim de manter sua eficiência. São eles: não exagerar na quantidade aplicada, testar em espécies diferentes antes de aplicá-lo em grande escala, evitar o consumo por animais de estimação (se tiver torta de mamona em sua composição) e comprar apenas de fontes confiáveis. Ainda, por apresentar uma composição nutricional bem completa, seu uso em conjunto com outros adubos ou fertilizantes não é recomendado, correndo o risco de matar a planta com uma superdosagem.

Seu processo de compostagem é considerado um dos mais rápidos da agricultura orgânica, levando ao todo de 2 a 3 semanas para ser realizado por microrganismos em meio anaeróbio. Assim, ele emite menos gás carbônico do que a vermicompostagem, porém, o húmus será necessário para plantar as sementes. Além disso, outra vantagem é não gerar CH4, que são alguns dos gases responsáveis pelo aquecimento global. Existem receitas para fazer o Bokashi, como a fornecida pela Embrapa, mas, para uso doméstico, compensa investir no adubo já pronto.

Referências

Bokashi: o que é, como fazer e benefícios. Disponível em: https://www.ecycle.com.br/bokashi/
Bokashi: o que é e como usar o adubo sustentável no jardim de casa. Disponível em: https://revistacasaejardim.globo.com/paisagismo/noticia/2024/02/bokashi-o-que-e-e-como-usar-o-adubo.ghtml
Bokashi, o que é e como usar esse super adubo. Disponível em: https://minhasplantas.com.br/tv/adubo/bokashi-o-que-e-e-como-usar-esse-super-adubo/#google_vignette

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