Entrevista com o Arquiteto Paisagista Plínio de Toledo Piza
Autor: Renato Costa - Data: 31/08/2006
Plínio de Toledo Piza é professor da Universidade de Taubaté (Unitau) graduado em Arquitetura, e leciona no curso de Pós-Graduação em paisagismo no SENAC. Antes de cursar a faculdade, Plínio já admirava o mundo das artes plásticas, e foi com essa visão que ele vislumbrou o paisagismo. Piza já trabalha com paisagismo há cerca de 30 anos, e considera que o trabalho lhe dá possibilidades fascinantes de ação na vida das pessoas.
AuE: Como foi a sua formação profissional?
Plínio: Antes mesmo de pensar em cursar arquitetura, já me interessava por artes plásticas. Foi com essa visão que entrei para a faculdade, buscando aliar meu interesse aos meus estudos. A partir daí, fui descobrindo o paisagismo, e vi que a profissão oferecia aquilo que eu buscava. Fui incentivado por meus professores a me aprofundar em paisagismo, dada a possibilidade de imprimir meu estilo pessoal em cada trabalho, assim como nas minhas pinturas, que faço até hoje.
AuE: A sua formação acadêmica foi suficiente para a sua formação profissional?
Plínio: Não. A faculdade de Arquitetura aborda muitos conceitos necessários na formação do paisagista, mas isso não é o suficiente. É necessário que sejam feitos estudos e cursos complementares, mais específicos e aprofundados no campo do paisagismo.
AuE: Atualmente as universidades têm oferecido uma formação satisfatória para o paisagista?
Plínio: As universidades têm melhorado suas grades curriculares com relação ao paisagismo. No caso específico da faculdade de Arquitetura da Unitau, oferecemos 4 semestres de estudos relacionados ao paisagismo, o que tem refletido positivamenmte no nosso curso.
AuE: Como tem sido sua experiência com o ensino de paisagismo?
Plínio: Muito positiva. O que busco oferecer aos alunos é uma noção de percepção ambiental, desde o bairro até uma região que envolve várias cidades. Esse trabalho de campo é muito importante, pois mostra ao acadêmico a necessidade de perceber o ambiente como um todo, observando todos os aspectos que o envolve. A partir daí, a intervenção do paisagista na área tem a possibilidade de ser muito mais efetiva.
AuE: Na sua opinião, existe a necessidade de se regulamentar a profissão de paisagista?
Plínio: Essa questão é polêmica, mas acho que a única maneira de se pensar em uma regulamentação da profissão é criando primeiro um curso superior de paisagismo. A partir daí, existirá a possibilidade de se registrarem os profissionais.
AuE: A tecnologia auxilia na formação e no trabalho prático do paisagista?
Plínio: Com toda certeza. Além de você otimizar tempo e poupar despesas, você pode oferecer ao cliente um produto com mais qualidade. Nesse quesito, os softwares CAD e os progrmas desenvolvidos pela AuE Soluções são bons exemplos de ferramentas de auxílio no nosso trabalho.
AuE: Quais são as dicas que você deixaria para quem quer trabalhar com paisagismo?
Plínio: O paisagista tem sempre que estar atualizado com o que há de mais atual. Para quem está começando, a pesquisa biliográfica é fundamental, além de cursos específicos na área. Destaco os cursos da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP) e do SENAC.
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