Johnson Nobre fala sobre a evolução da sua carreira desde a Jardinagem até sua entrada no paisagismo
Autor: Josué Magrani - Data: 17/10/2022
Para a edição de novembro de 2022 tivemos o prazer de entrevistar o paisagista Johnson Nobre, que exerce seu ofício em Goiânia, além de estar atualmente cursando Arquitetura e Urbanismo para se especializar ainda mais em sua área. Veja a seguir alguns de seus projetos juntamente à sua história no paisagismo!
Da jardinagem ao paisagismo
Tendo iniciado sua carreira há oito anos com pequenas manutenções de jardins, Johnson teve seu contato com a jardinagem através de seu pai que já atuava na área, e o que nasceu como um “quebra galho” durante as férias de seu emprego se transformou não apenas em fonte de renda, mas uma verdadeira paixão, em suas palavras:
“O que mais me encanta é o poder de transformação. Sabe, você chegar em um ambiente(...) e transformar algo que estava morto (...) por menor que seja o espaço, sempre é possível levar um pedacinho da natureza.”
Para ele, o que fez a diferença entre ser um jardineiro e um paisagista foi justamente a profissionalização que os Softwares de Paisagismo o proporcionaram, começando a conhecer mais sobre cada item relacionado ao paisagismo, como as plantas, além da rapidez proporcionada pelos mesmos na hora de se trabalhar em um projeto.
Um Projeto marcante
Na época em que trabalhava fazendo manutenção em um condomínio, Johnson teve a oportunidade de conhecer uma senhora que apenas desejava aparar sua grama, mas ao conhecer sua história e trabalhar em sua casa por um tempo, o paisagista e sua equipe decidiram fazer uma surpresa para ela em um dia especial. A senhora havia saído para uma consulta médica e deixou a chave com a equipe para fazer a manutenção de praxe, nessa hora todos eles se organizaram e em menos de um dia fizeram toda a revitalização do jardim.
“(...) Quando ela chegou, eu nunca vou esquecer a expressão do rosto dela. (...) Sabe quando você dá um presente para uma pessoa que você muito gosta?(...) Essa foi a melhor recompensa que eu já tive na minha vida trabalhando com jardinagem”.
A necessidade de atualizar-se
Logo no início da carreira, uma das maiores dificuldades de quem trabalha com criação se mostrou presente. Estabelecer com o cliente uma comunicação clara e que apresente todas as especificidades do projeto, de forma que, ao executá-lo, muitas divergências começavam a aparecer no que diz respeito ao que o projetista imaginou para o trabalho e como o cliente pensou que este ficaria.
Assim, logo no início já se mostrou a necessidade de adquirir novas formas de tecnologia, não apenas para superar este problema de comunicação, mas também que o ajudasse a aprender mais sobre como executar um bom trabalho de paisagismo, como reconhecer quais locais são ideais para cada tipo de planta em um terreno e mediar os desejos do cliente com o que se é possível executar. Foi justamente neste momento que Johnson conheceu a AuE Software, numa época em que a dificuldade para se adquirir este tipo de ferramenta era muito maior do que no presente momento. Deixaremos abaixo alguns projetos desenvolvidos pelo nosso entrevistado no PhotoLANDSCAPE para ilustrar aos nossos leitores justamente o que ele quis dizer com esta comunicação:
Para finalizar este tópico, uma boa forma de se manter atualizado é sempre acompanhar as novidades da área através de revistas, blogs, páginas, canais no YouTube, entre vários outros. Para nosso entrevistado, além de acompanhar nossa revista AuE Paisagismo para ele é fácil manter um bom relacionamento com pessoas da área. Então para quem pensa em aprender mais sobre paisagismo é uma ótima ideia seguir o exemplo de Johnson e começar seguir produtores de conteúdo especializados e que possam te dar boas dicas de como começar o seu próprio projeto.
Uma marca personalizada
Cada profissional que trabalha com criação, sobretudo de forma artística, acaba em algum momento criando sua própria identidade visual que ficará exposta em todos os seus trabalhos. Esta é uma forma do autor de um projeto conseguir deixar sua marca naquela obra, algo que grite ao espectador quem foi o responsável pelo que se está vendo. Com os paisagistas não é diferente, mesmo que a princípio esta marca não seja intencional, ou que tenha aparecido em um trabalho por uma questão de necessidade e acabe por cair no gosto do criador que passará a replicá-la dali por diante. No caso de Johnson, sua identidade visual se deu justamente por conta deste último caso, e ele nos contou essa história na entrevista:
“(...)Foi em um bate papo que tive com um gestor e ele queria colocar aquilo alí(logo de sua empresa) no jardim, só não sabia como(...). Inicialmente tivemos a ideia de fazer somente com cimento, mas achei que ficaria muito bruto(...). Eu precisaria deixar ele rústico mas da mesma forma moderno(...) e quando se trata de jardim ela precisa ter uma certa durabilidade e foi aí que nós tivemos a ideia de fazer com pedras.”
Apesar disso, Johnson afirma que fora seus logos impressos em pedras, ele mesmo não consegue perceber uma identidade própria em seus trabalhos, algo que todos ao seu redor percebem. Então para quem, lendo o artigo, nunca tenha percebido sua própria identidade visual em algum trabalho, recomendamos que revisitem cada projeto e tirem um tempo para perceber certas coincidências em cada um deles, pois este pode ser o primeiro passo para o nascimento de uma marca personalizada.
Outros projetos
Veja abaixo algumas imagens do projeto para a empresa IPOG desenvolvido por Johnson e sua equipe:
Depoimento
Johnson tinha três dias para entregar um projeto quando comprou o PhotoLANDSCAPE, em uma época em que apenas o download do programa demorou 24 horas para ser concluído, e em um prazo de dois dias ele conseguiu aprender a utilizar o software e finalizar todo o projeto para entregá-lo a tempo.
“(...)Eu consegui atender o meu cliente graças a facilidade de poder manusear o PhotoLANDSCAPE. (...) Foi o ponto chave para dar um upgrade na minha carreira e sair do jardineiro convencional para começar a entregar projetos e ganhar por isso. (...) O programa tem muitas informações e muitos itens para deixar (o projeto) o mais realista possível. (...) Antigamente eu trabalhava muito embaixo de sol e hoje eu consegui administrar uma logística de trabalho em que (...) mais da metade da minha renda vem exclusivamente de projetos.”
Confira abaixo a entrevista completa!
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