Novos bens culturais do Brasil
Autor: Regina Motta - Data: 20/06/2015
A prática artesanal de fazer cuias, realizada por mulheres de comunidades ribeirinhas do Baixo Amazonas, no Pará; a maestria do paisagismo de seis Jardins de Burle Marx, no Recife (PE); e a história, arte e beleza do parque Campo de Santana, no Rio de Janeiro (RJ), passaram a integrar a lista de bens protegidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As propostas para registro e tombamento foram aprovadas por unanimidade nesta quinta-feira, dia 11 de junho, durante a 79ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, realizada em Brasília.
O ofício das Cuias
O pedido de Registro, apresentado pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/Iphan) em novembro de 2010, ressalta as técnicas e o conhecimento utilizados na região para confeccionar este objeto que agregou novos elementos e significados ao longo do tempo. Os saberes relacionados à produção e utilização de cuias fazem parte das complexas dinâmicas de colonização e ocupação do espaço amazônico, e estão diretamente relacionados ao aproveitamento de recursos naturais disponíveis no Baixo Amazonas. Para a população local, as cuias fazem parte do universo cotidiano da comunidade e são produzidas em sua maioria por mulheres ribeirinhas do Baixo Amazonas.
Jardins de Burle Marx
As qualidades estéticas e paisagísticas dos jardins desenhados por um dos principais expoentes do movimento modernista no Brasil e no exterior são as principais características a serem consideradas para tombamento. Criados na década de 30, os jardins estão localizados nas Praças Euclides da Cunha, Casa Forte, do Derby, da República e Jardim Campo das Princesas, Salgado Filho e Faria Neves. Trazem em comum a característica inovadora do artista que utilizou o tripé higiene, educação e arte, no qual a vegetação é o elemento principal.
Parque Campo de Santana
O local que reúne atributos históricos, uma vez que foi palco de celebrações oficiais e cívicas ligadas à condição do Rio de Janeiro enquanto sede do Império e capital do país; artística, pelo projeto do paisagista francês Glaziou que o levou ao seu primeiro tombamento; e também paisagística, reconhecendo o valor da paisagem de jardim romântico que o bem oferece, foi construído no século XVIII.
Fonte: Minc
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