Conheça a Paisagista Vilma Consuelo Mendoza da Tierra Pampa Paisajismo, Argentina
Autor: Regina Motta - Data: 31/01/2020
Nossa Revista AuE Paisagismo Digital, publicada mensalmente deste 2004, sempre entrevistando paisagistas e profissionais do campo de paisagismo, irrigação, plantas e meio ambiente, com grande prazer apresenta aos nossos leitores a Paisagista Vilma Consuelo Mendonza, da Tierra Pampa Paisajismo, que vai nos dar o prazer de falar sobre seu trabalho.
AuEPaisagismo: Como começou o seu interesse pelo paisagismo? O que a levou à decisão de escolher este caminho, tão necessário à qualidade de vida das pessoas e ao bem do planeta em que vivemos?
Começou como uma atividade puramente lúdica e autodidata, comprando livros de Arquitetura e de Paisagismo. Assim realizava desenhos e planos de interior e exterior. A decisão de levar a cabo uma formação acadêmica nasceu do interesse de aperfeiçoar o que já havia adquirido informalmente, para intervir na paisagem de maneira responsável.
AuEPaisagismo: Houve dificuldades no início? Como conseguiu vencê-las?
Custou e custa conscientizar as pessoas sobre a importância de contratar um paisagista que conte com conhecimento sobre sustentabilidade, manejo de solos, irrigação, utilização de espécies nativas, implementação de cortinas florestais, incorporação de elementos naturais etc.
O trabalho de um paisagista em um jardim não é só de ordem estética, mas potencializar a paisagem natural do lugar.
AuEPaisagismo: Conte-nos um pouco sobre seu trabalho em Santa Rosa, Argentina. Quais são as características surpreendentes do paisagismo nesta região?
Santa Rosa é uma cidade da província de La Pampa, situada no centro do país. É uma região semiárida, com fortes ventos provenientes de vários setores, em todas as estações do ano, sendo agosto e setembro os meses mais ventosos. Notaveis variações climáticas, com períodos de seca prolongados e as maiores precipitações pluviais se produzem desde a primavera até o fim do outono, com temperaturas que oscilan entre os -10 graus no inverno e +40 graus no verão. Esta amplitude térmica nos condiciona para a hora de intervir na paisagem.
Eu me especializei em Xerojardinagem com o fim de poder sustentar no tempo as obras realizadas. Há quinze anos trabalho para Órgãos Públicos e para jardins privados, sempre tendo em conta a paisagem natural que existe antes de nossa intervenção.
Em minha província, o Paisagismo é uma profissão relativamente nova, até há alguns anos os jardins eram construidos com espécies exóticas. Hoje, o olhar está posto na revalorização de nossa flora, a construção de prados naturais e silvestres.
AuEPaisagismo: Você é usuária de nosso pacote Standard. (PhotoLANDSCAPE, VisualPLAN, CalcLANDSCAPE) O que mudou em seu projeto de paisagismo com o uso do Software?
É uma ferramenta que me tem permitido agilizar minhas apresentações e dar uma ideia acabada do projeto frente aos clientes.
AuEPaisagismo: Nós imaginamos que todos os projetos requerem uma grande elaboração para o seu criador, mas há algum que lhe deu uma maior sensação de realização?
Todos os projetos nos causam uma enorme satisfação ao vê-los realizados e crescendo. Um, em particular, foi a intervenção do parque de uma residência em meio de um caldenal (bosque de Calden – Prosopis caldenia, árvores exclusivas da Argentina), com flora nativa.
O desafio foi incorporar e associar plantas exóticas que puderam garantir os vários ciclos de aves e insetos que habitavam o monte e a pastagem.
AuEPaisagismo: Qual seria sua recomendação para os principiantes que se decidem pela bela profissão de embelezar o planeta e, em consequência, valorizar o meio ambiente das cidades?
Minha recomendação é que estudem muito e se informem de forma permanente sobre as mudanças climáticas, a necessidade de projetar tendo em conta a flora e a fauna do lugar, o reflorestamento, o cuidado com a água, a utilização de espécies resistentes ao clima e nunca se esquecer do desejo do cliente quando nos convoca, que é embelezar o espaço em que habita.
Veja o projeto da Paisagista Vilma Consuelo Mendoza
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