HydroLANDSCAPE: Analisando o Projeto - Parte 2

Na matéria da edição passada HydroLANDSCAPE: Analisando o Projeto - Parte 1, começamos a ver como analisar um projeto. Foi apresentado um projeto com duas áreas de mesmo tamanho, irrigadas com tipos de aspersores diferentes. Nas analises podemos ver que os dois projetos estavam corretos, porém, haviam diferenças na vazão total do projeto e na quantidade de aspersores.

Nesta edição iremos continuar com algumas analises neste mesmo projeto. Veremos varias opções da tela de dimensionamento, além das variáveis de cálculo.

Na tela de Dimensionar do HydroLANDSCAPE há três abas:

• Início: Nesta aba estão as opções de dimensionamento.
• Exibir: Nesta aba estão as opções de visualização de várias variáveis do dimensionamento, como vazão e pressão.
• Setores: Nesta aba é possível selecionar cada setor individualmente.

HydroLANDSCAPE - Aba Exibir

Dentre as várias opções de exibição, uma muito importante é a opção de destacar o pior caso. O pior caso de um sistema de irrigação é aquele onde o sistema irá precisar de maior pressão e vazão para cobrir a necessidade de água calculada do ponto mais crítico até a origem de água.

HydroLANDSCAPE - Pior Caso Destacado

Na imagem acima podemos ver o pior caso de cada setor, destacado em verde. Caso fosse necessário dividir o setor A1 em mais setores por exemplo, poderíamos começar a analisar a divisão de acordo com o pior caso. Para ver outras opções de analise da aba Exibir veja a matéria: HydroLANDSCAPE 2012: Diferentes exibições da tela de dimensionamento.

A tela de dimensionamento oferece ainda outras opções para analise, na aba Início, ao clicar no botão Analisar, é mostrado um menu com a lista de setores, basta selecionar um setor para ver a analise gráfica do mesmo, no nosso caso foi selecionado o setor A1.

HydroLANDSCAPE - Gráfico de variação de perda de carga

HydroLANDSCAPE - Pior Caso Setor A1

Analisando as imagens acima, notamos que o gráfico mostra uma maior perda de carga no trecho T-7. Podemos notar que do trecho T-10 até o trecho T-7 a perda de carga aumenta de acordo com a diminuição do diâmetro do tubo.

Isto acontece porque a velocidade da água no tubo nestes trechos é parecida, então podemos notar que quanto menor for o diâmetro do tubo, para uma mesma velocidade de aguá, maior é o atrito interno, consequentemente, maior é a perda de carga.

O HydroLANDSCAPE nos oferece algumas opções de variáveis de cálculo, que podemos modificar para obter um resultado melhor no dimensionamento dos tubos. Do lado direito da tela de dimensionamento há as opções Vel. Máxima, Perda de Carga (hft) e Linha Lateral (LL).

A velocidade máxima padrão no HydroLANDSCAPE para cálculos é 1,5 m/s, porém o projetista pode trabalhar com o valor que achar apropriado. A perda de carga máxima por setor é de 20%, este é outro fator que o projetista pode mudar para obter resultados melhores. Vamos comparar a memória de cálculo do nosso setor A1 com velocidades de 1,5 m/s e 2 m/s.

HydroLANDSCAPE - Memória de Cálculo, comparação.

Analisando a imagem acima veremos que aumentando a velocidade da água na tubulação de 1,5 m/s para 2 m/s conseguimos uma diminuição nos diâmetros das tubulações, o que nos geraria um orçamento mais barato, porém, aumentamos muito a velocidade e consequentemente a perda de carga em alguns trechos como o T-29 e o T-23.

Os valores de velocidade e perda de carga máxima admitida por setor, só devem ser modificados quando o projetista tem certeza do que esta fazendo. No caso de dúvidas, utilize os valores padrão.