Ney Marques fala sobre o 3º COMIP
Autor: Anita Cid - Data: 03/08/2007
Ney Marques da Silva, nasceu em Manaus, Amazonas, em 21/12/46. Mudou-se para Belo Horizonte em 1960 onde se formou, em 1969, em Engenharia Mecânica na Escola de Engenharia da UFMG. Trabalhou na Usiminas por 32 anos, sendo 27 anos em Ipatinga, dois anos e meio em Santos, na Cosipa e quase 3 anos na Sidor, uma empresa siderúrgica da Venezuela. Após a aposentadoria fez um curso de Técnico em Paisagismo no INAP-Instituto de Artes e Projetos, com duração de 2 anos e meio, terminando em julho de 2005. Durante este período fez Pós-Graduação em Plantas Ornamentais e Paisagismo, na Universidade Federal de Lavras. Tornou-se associado da ASPA-MG em 2004 e exerceu funções no Conselho Curador, como Diretor Administrativo Adjunto e atualmente como Presidente da Diretoria Executiva. Atualmente integra o conselho curador da ASPA-MG e irá proferir a palestra de abertura do 3º COMIP
AuE: Quais as novidades que o COMIP vai apresentar este ano?
Ney Marques: A principal novidade é o tema "Paisagismo e responsabilidade ambiental", assunto do momento e diretamente ligado á nossa atividade pois, como paisagistas, podemos interferir de forma direta no equilíbrio do sistema, seja pela utilização inadequada de espécies, pelo uso de adubos, pesticidas e defensivos químicos que contaminam solo, água e ar ou pelo uso incorreto de água e iluminação. Além disto, estamos com nova parceria que é o Ponteio Lar Shopping, que tem se mostrado muito atuante e facilitado bastante o nosso trabalho.
AuE: O que o 3º COMIP-MG irá acrescentar nos participantes?
Ney Marques: Irá acrescentar uma visão mais ampla do problema ambiental e sua relação com o paisagismo, o qual é parte do processo de preservação em que estamos todos envolvidos, ambientalistas, ecologistas, engenheiros agrônomos, arquitetos e nós paisagistas, além de outros vários setores de nossa sociedade.
AuE: Você acredita que se houvesse uma regulamentação da atividade paisagística o exercício profissional seria mais consciente?
Ney Marques: Sem dúvida nenhuma. A atividade paisagística em vários estados do Brasil ainda é vista como uma jardinagem sofisticada e desnecessária às vezes. A regulamentação traria uma maior profissionalização, mais consciente e mais técnica, além de mostrar à sociedade que esta profissão deve ser respeitada, tanto pelas técnicas aplicadas quanto pelo grau elevado das nossas escolas em funcionamento. Não é à-toa que tivemos entre nós um dos maiores paisagistas do mundo, Burle Marx.
AuE: Como o 3º COMIP-MG visa estimular esta prática mais consciente?
Ney Marques: Mostrando aos participantes do congresso que todas as técnicas que aplicamos num projeto paisagístico devem sempre estar voltadas para a manutenção e preservação de nosso meio ambiente. Vários trabalhos que serão apresentados esclarecerão de forma didática quais são as implicações e interferências do paisagismo, bem como formas de se evitar atuais e futuros problemas ambientais. Acredito que com esses novos conhecimentos que certamente vamos adquirir estaremos bem mais preparados e mais conscientes para executarmos nosso trabalho de forma mais técnica e correta.
AuE: Como a tecnologia muda a prática de paisagismo?
Ney Marques: A tecnologia está alterando enormemente a maneira de se fazer um projeto paisagístico. Essas alterações são bastante sentidas principalmente na rapidez com que o paisagista termina um projeto. Quem possui um software de projeto leva vantagem nos prazos de entrega dos desenhos. Além disso, os desenhos se tornam mais limpos, mais detalhados e podemos, dadas as facilidades do computador, fazer correções muito mais rapidamente, sem falar nos inúmeros relatórios e tabelas que são rapidamente gerados. Eu trabalho com o AutoLANDSCAPE há cerca de 3 anos e estou bastante satisfeito com ele.
Para ver um projeto desenvolvido por Ney Marques
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