Explorando o potencial do CAD
Autor: Guilherme Motta - Data: 10/01/2005
Na década de 1980 desenvolveu-se o conceito de CAD, Computer Aided Design ou Desenho Auxiliado pelo Computador. A partir daí começaram a ser desenvolvidos softwares que, hoje, praticamente extinguiram o uso da tradicional prancheta, substituída pelo uso de desenho no computador.
Como esta mudança ocorreu muito rapidamente nós, profissionais de projetos, não tivemos tempo de nos adequarmos corretamente às suas potencialidades. Cada escritório desenvolveu sua forma de trabalhar no CAD e com isto limitamos a fantástica possibilidade de integração, no mesmo arquivo de desenho, entre as diversas disciplinas de projeto.
Com o uso correto da tecnologia é possível utilizar um único arquivo de desenho para definir todas as disciplinas de projeto, integrando açoes e minimizando erros, assim o projeto de paisagismo fica realmente "casado" na arquitetura, na implantação, na irrigação, na instalação elétrica e etc.
Este potencial aliado ao uso da internet possibilita que escritórios distintos, em cidades ou mesmo países diferentes, trabalhem em conjunto para o desenvolvimento de um mesmo projeto. Uma forma de trabalho impensável a 10 ou 20 anos atrás.
Porém, para que tudo isto se torne realidade é imprescindível homogeneizar a forma de trabalhar com o CAD. Neste sentido, o ponto inicial e fundamental é o uso de cores e layers (camadas) no CAD.
A AuE Soluções vêm orientando seus clientes nessa prática faz algum tempo mas, em nosso dia a dia, ainda encontramos profissionais utilizando conceitos equivocados.
Como foi apresentado na matéria técnica do mês passado, no desenho de CAD, as cores são usadas para se definir espessuras de linhas na hora de imprimir o desenho. Assim a cor 1 corresponde a pena 0.1mm, a cor 2 corresponde a pena 0.2mm e assim por diante. O AutoLANDSCAPE tem como padrão utilizar este esquema de cores e penas, mas o usuário pode alterar, apesar de não ser recomendável.
Já Layer ou Camada é um recurso disponível em todos os softwares profissionais de CAD que permite organizar as informações gráficas por categorias, além de disponibilizar o gerenciamento visual dos dados de um arquivo.
Assim, o objetivo de organizar o desenho em LAYERs é obter facilidades para gerenciar os desenhos. Eventualmente encontramos desenhos com layers "Pena-1", "Pena-2", ..., neste caso os layers não têm utilidade na organização do desenho.
O AutoLANDSCAPE cria Layers automaticamente para cada tipo de entidade que desenha, utilizando uma abreviatura "PA" (Paisagismo) no nome dos Layer criados. Assim temos os Layer:
PA-Arbustos, PA-Arvores, PA-Legenda, etc. Utilizando este prefixo fica fácil separar os layers criados pelo paisagismo dos layers criados por outras disciplinas, como a arquitetura.
A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura - AsBEA, www.asbea.org.br - desenvolveu um trabalho muito interessante sobre padronização e otimização de informações em CAD, que vale a pena ser consultado para se obter mais informações sobre padronização. Se este trabalho se tornar uma norma técnica, o uso de prefixos para a criação de layers em diversas disciplinas de projeto e o uso de cores para espessuras de linhas serão obrigatórios. Os usuários do AutoLANDSCAPE já estão na frente.
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