HydroLANDSCAPE: Analisando o Projeto - Parte 1
Autor: Inácio Arantes M. P. Júnior - Data: 13/05/2014
O HydroLANDSCAPE auxilia o projetista à desenvolver o projeto de irrigação de forma muito mais rápida e dinâmica, oferecendo diversas ferramentas para projetar, calcular e analisar todo o sistema de irrigação projetado, porém o projetista deve ter os conhecimentos técnicos necessários para otimizar os valores do projeto sem que haja qualquer perda de uniformidade do sistema.
Na tela de dimensionamento do sistema, o HydroLANDSCAPE acusa os problemas técnicos em relação ao projeto, como vazão ou pressão insuficiente para um setor, ou uma origem de água que não fornece a vazão necessária para o projeto, porém, como fazer um dimensionamento que gere um custo final menor?
A resposta para a questão levantada acima pode variar de diversas maneiras, como: distribuição dos setores, diâmetros de canos utilizados, tipo de aspersor, entre várias outras coisas.
Como exemplo vamos analisar uma área de 20m x 20m com tipos de aspersores diferentes. Na área a esquerda foi utilizado um spray, o 1806 com bocal 18 VAN, já na área a direita foi utilizado um rotor, o T-12 FC.
HydroLANDSCAPE: Diferenças na distribuição de aspersores.
Podemos reparar que os dois modelos estão corretos e atendem a exigência de distribuição de água (pé no pé), a diferença é que na área da esquerda (setor A1) teremos 25 aspersores e uma vazão total de 17,28 m3/h, já na área à direita (setor A2) teremos 16 aspersores e uma vazão total de 2,24 m3/h.
Comparativo entre sprays e rotores.
Ao analisar este comparativo veremos que o projeto a esquerda (A1) além de exigir quase o dobro de aspersores, exige uma válvula de vazão muito maior, ou seja, mesmo que o modelo de rotor tenha um custo superior por unidade, o valor da válvula irá compensar.
Então poderíamos chegar a conclusão que o projeto mais viável seja o projeto A2, certo? Depende, ao analisar o projeto A2 veremos que apesar de garantir a cobertura de água, sua vazão é muito menor, o que implica em um tempo de funcionamento do setor muito maior para aplicação do coeficiente de cultivo (KC) da vegetação da área.
Se o cliente não tem a disponibilidade de tempo para que o setor fique ligado até cobrir o KC. Teríamos que oferecer a solução do projeto A1, correto? Depende, podemos dividir o tempo pela necessidade de água do setor A2 e ligar o setor em intervalos, como por exemplo 4 vezes ao dia.
Ao fazer um projeto deveremos analisar todas as variáveis possíveis, não só o custo, como o tipo de área a ser irrigada, a disponibilidade de horários para ligar o setor, o que o cliente deseja, entre outras coisas.
O HydroLANDSCAPE fornece diversas ferramentas que podem ajudar na análise destas questões. Depois de inserir as válvulas e setorizar o projeto deste exemplo, poderemos dimensionar o sistema hidráulico, para isso basta clicar no botão Dimensionar.
Na tela de dimensionamento, ao calcular a linha principal e a linha secundária, o software indica um erro no projeto; a válvula do setor A1 não suporta a vazão calculada, e indica trocar a válvula. Os itens que estão em vermelho indicam que há algum problema, como a vazão ou pressão abaixo do exigido pelo sistema.
HydroLANDSCAPE: Válvula incompatível com o sistema.
Para trocar a válvula basta seleciona-la nesta mesma tela e clicar no botão Troca, que está a direta da tela. Será exibida a tela de catalogo de válvulas, basta selecionar uma que atenda a exigência de vazão.
No próximo capítulo veremos outras analises que podem ser feitas na tela de dimensionamento do HydroLANDSCAPE, além da memória de cálculo do nosso projeto.
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