Pisos para compor o projeto de paisagismo
Autor: Jéssica de Souza - Data: 06/12/2021
Fonte: Pixabay
Os pisos também fazem parte da composição do paisagismo, são eles que traçam caminhos ao longo dos jardins e delimitam espaços para a circulação.
No mercado existe uma grande variedade de materiais, formas, tamanhos e cores. Mas antes de pensar na estética destes elementos, devemos considerar a função que eles irão desempenhar nos ambientes.
Funcionalidade
Em funcionalidade consideramos as características que os pisos precisam possuir para serem inseridos em um determinado ambiente. Para isso devemos levantar informações sobre o local para poder fazer a escolha correta.
Áreas externas, por exemplo, são expostas ao tempo chuvoso, tem uma maior circulação de pessoas e animais. Para isso os pisos precisam ser:
Drenantes: absorvem mais rapidamente a água e evitam o acúmulo de água no local.
Antiderrapantes: possuem uma textura mais porosa e, por isso, trazem maior segurança evitando que se escorregue ao andar pelo local.
Resistentes: locais onde ocorrem uma circulação maior de pessoas ou veículos tendem a sofrer mais desgaste, então é necessário que seja usado um piso mais resistente no ambiente.
Durável: para que se tenha menos gastos com trocas.
Tipos de piso
O mercado possui uma grande variedade de tipos de pisos e mesmo assim não existe um que possua todas as características necessárias para um determinado ambiente. Então faça uma lista em ordem de prioridade e escolha o piso que mais se encaixa em algumas delas.
Cerâmico: esses pisos são os mais usados devido ao preço mais acessível, fácil limpeza e uma grande variedade de tamanhos e texturas. São classificados de acordo com revestimento e o PEI.
Revestimentos: os antiderrapantes possuem uma superfície mais porosa, os esmaltados recebem uma camada de esmaltação na face superior que dá brilho e os não esmaltados que são mais suscetíveis à infiltração de água.
PEI: mede a resistência do material em ambientes de grande circulação. A classificação vai do 1 ao 5, sendo o 1 o de menor resistência e indicado a locais onde o fluxo de pessoas é baixo, e o 5 de mais resistência usado em locais abertos e de grande tráfego.
Porcelanato: muitas vezes é comparado ao cerâmico, mas a diferença está nos materiais usados e no processo de fabricação. O porcelanato possui, além da argila, outros materiais em sua composição e a temperatura a qual é submetido é bem maior se for comparar a do cerâmico, fazendo com que seja mais resistente e durável.
Se diferem pelo tipo de acabamento, podendo ser polido, acetinado e natural. O polido, como o próprio nome diz, recebe um polimento que aumenta seu brilho, mas acaba sendo um piso muito escorregadio e não indicado para áreas molhadas e externas. Pisos de porcelanato acetinado possuem menos brilho e uma textura fosca, por isso são indicados para qualquer ambiente, inclusive os externos. Já os naturais não recebem nenhum tipo de acabamento no final de sua produção, sendo assim mais rústicos e seguros para circulação.
Cimento queimado: este tipo de piso é bem resistente e fácil de limpar. Deve-se ter cuidado na instalação para que não ocorram rachaduras devido à variação de temperatura com o tempo. Outra observação importante é quando são aplicados em áreas externas pois podem ser escorregadios e precisam receber uma cobertura de produto antiderrapante em sua superfície para maior segurança.
Pedras: as pedras naturais são elementos muito usados em ambientes por serem naturalmente antiderrapantes, resistentes e duráveis. Existe uma grande variedade de tipos como a são tomé. miracema, ardósia, arenito, seixo, granito e mármore mas é muito importante saber as características específicas de cada um, pois alguns modelos não são muito indicados.
Em áreas externas prefira a são tomé pois é antiderrapante e não propaga calor, e a miracema por ser bastante resistente. Ambas são pedras que costumam manchar, mas é só fazer uma boa limpeza com água e sabão.
O arenito também é uma opção, só que a instalação é mais complicada, exige limpeza constante e acabam soltando com o tempo.
Evite o mármore, com o tempo ele se desgasta quando sujeito à abrasão, e a ardósia que esquenta muito e fica escorregadia quando molhada.
Madeira: geralmente usadas em decks, degraus e caminhos. Excelente opção por serem resistentes, duráveis e antiderrapantes, mas precisam passar por manutenções periódicas como lixamento, aplicação de verniz, evitando assim a proliferação de fungos e cupim. Por esses motivos acabam tendo um gasto maior na obra.
Além das madeiras maciças, conhecidas como madeiras de lei, tem-se também a opção da madeira composta que possui lâminas de madeira alternadas e prensadas com resina e por isso é mais resistente à água. É também uma alternativa mais em conta se comparada às maciças.
Tijolo: para pisos de tijolos, escolha os requeimados, pois ficam mais tempo dentro do forno e adquirem maior resistência. Outra observação é ter um bom contra piso para evitar a umidade do material e aplicação de resina para proteger o material. Evite usar ao redor de piscinas, pois a umidade pode causar o surgimento de limo, tornando o piso escorregadio.
Piso emborrachado: usados em playgrounds, estes pisos são compostos por granulação de pneus descartados sendo assim sustentáveis, além de possuir característica drenante, atóxicos, fácil instalação e limpeza.
Estética
Neste quesito destacamos a beleza única de cada tipo de piso e a variedade de formas que eles podem ser usados na decoração.
Uma opção é inserir um tipo de piso sozinho em uma paginação padrão já conhecida como amarração, diagonal, dama, espinha de peixe. Mas compor o ambiente com uma mescla de pisos e ousar nas formas de inserir pode trazer um visual mais atrativo e moderno.
A AuE Software possui um catálogo de pisos para serem usados nos softwares e que contém informações das características do material como resistência, durabilidade, absorção de calor e usos indicados.
Fonte: Banco de Dados AuE Software.
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