Plantas Carnívoras: Como cultivar essas espécies exóticas em casa
Autor: Jéssica de Souza - Data: 04/10/2021
Fonte: Site https://www.todamateria.com.br/plantas-carnivoras/.
Quando falamos de plantas carnívoras ainda existe um certo receio ao inserir essas espécies em jardins, pois filmes de ficção científica a pintaram como sendo grandes plantas assustadoras que devoram animais. Mas calma! De assustadoras elas não tem nada. Pelo contrário, podem trazer diversos benefícios ao serem cultivadas em jardins, junto com outras plantas e até em ambientes com animais de estimação e crianças.
Também conhecidas como insectívoras, elas possuem um conjunto de quatro famílias que se dividem em 19 gêneros com cerca de 600 espécies ao todo . Mas, basicamente, podemos classificá-las de acordo com as características das folhas e a forma como capturam os insetos para se alimentar.
Diferenciando pelas folhas temos a seguinte divisão: jaulas, jarros, colantes e sucção.
Jaula: a planta atrai o inseto através do cheiro e se fecha quando ele pousa sobre ela;
Jarro: recebe o nome devido ao seu formato. Possui um líquido adocicado que atrai os insetos e, por ser escorregadio, faz com que eles desçam para seu interior. O inseto não consegue escapar devido ao líquido digestivo e os pelos invertidos presentes no interior da parede da planta;
Colantes: ao longo de sua estrutura a planta possui uma substância que gruda os insetos.
Sucção: possuem uma armadilha escondida na raiz que, ao sentir a presença de algum inseto, se abre, suga a presa para seu interior, fecha e digere o alimento.
Agora na forma de captura dos insetos temos as ativas, passivas e semiativas.
Ativas: Se movimentam para capturar as presas;
Passivas: Não se movimentam na captura;
Semiativas: após a captura do inseto elas fazem algum movimento para que ocorra uma área maior de contato com o mesmo e que permita absorverem melhor os nutrientes.
Aqui no Brasil existem mais de 80 espécies divididas entre os gêneros Drosera, Genlisea, Utricularia, Heliamphora, Brocchinia, Catopsis e Ibicella.
Vamos conhecer 3 tipos de carnívoras brasileiras que podem ser cultivadas dentro de casa e contar quais são os cuidados básicos que elas necessitam para se manterem lindas no jardim.
Dionéia
A carnívora mais conhecida de todas. Sua folha fica aberta constantemente e se fecha somente quando a presa pousa em seu interior, podendo ser classificada no tipo jaula e passivas. A presa é digerida através das enzimas que a folha libera e vira nutrientes para a
planta.
Gostam de bastante sol direto, mas cuidado com o excesso de calor em regiões muito quentes. Por ser uma planta de pantano o solo precisa estar sempre úmido e ser preparado com musgo esfagno, turfa e perlita.
No inverno elas entram em dormência sendo indicado colocar a planta em locais frescos. Já na primavera retorne elas para o sol.
Nunca alimente a planta com insetos mortos, deixe que ela mesma capture os insetos. Uma dica é deixar uma fruta próxima a planta para que atraia moscas e a dionéia possa capturar. Mas não se preocupe caso ela fique um período sem se alimentar de insetos, pois ela não necessita deles para sobreviver.
Fonte: SóCientifica
Fonte: Flores e Folhagens
Sarracenia
O gênero Sarracenia possui cerca de 10 espécies e a maioria possui folhas em forma de jarro com cerca de 10cm a 30cm de comprimento.
Atraem suas presas exalando um odor característico. O inseto entra dentro do jarro e acaba caindo dentro do líquido digestivo da planta.
Também são plantas que preferem o sol direto, mas também se adaptam às geadas.
Sarracenia alata.
Fonte: Travalto
Sarracenia purpurea.
Fonte: Gardenea.net
Nephentes
São trepadeiras com folhas em formato de jarro. Dependendo da espécie não são muito tolerantes ao sol intenso, podendo receber o sol direto nos horários mais amenos.
Por ser uma planta originária de florestas úmidas, gostam de suas folhas molhadas e apreciam umidade do ar elevada. Ideais, por exemplo, para banheiros.
Fonte: Alibaba
Fonte: Horto em Casa
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