O uso medicinal das plantas
Autor: Laís Manço Frattini - Data: 19/02/2022
Fonte: Escola de Educação Permanente
Segundo o Ministério da Saúde, com cerca de 60.000 espécies vegetais superiores catalogadas, o Brasil possui a maior diversidade vegetal do mundo. Contudo, apenas 8% tiveram seus compostos bioativos pesquisados e 1100 espécies tiveram suas propriedades medicinais avaliadas. Além de matéria prima para a produção de fitoterápicos e outros medicamentos, as plantas são utilizadas como remédios caseiros em práticas tradicionais e populares que atravessam gerações, entregando conhecimento e expondo a rica diversidade cultural e étnica do país.
A OMS caracteriza planta medicinal como uma espécie vegetal, cultivada ou não, usada com propósitos curativos. E o que lhes confere essa atividade terapêutica são os componentes químicos produzidos por elas, chamados de princípios ativos.
O xarope de guaco (Mikania laevigata). Foto: Dênio Simões/Agência Brasília.
Essas substâncias ativas das plantas medicinais podem ser produto do metabolismo primário (imprescindíveis ao desenvolvimento do vegetal) ou produtos do metabolismo secundário (específico para algumas espécies de plantas, desempenhando importante papel na defesa e proteção). A maior parte das substâncias medicinais da planta são advindas do metabolismo secundário, fruto das relações entre planta e meio ambiente.
Sempre ouvi reclamarem que as folhas maiores do pé de boldo não eram tão eficientes quanto as folhas menores, e é verdade. Cada planta distribui seus metabólitos de acordo com seu desenvolvimento e seu meio, portanto eles são distribuídos de forma heterogênea e concentrados em maior quantidade em determinadas partes, como raiz, folhas, caule, semente ou flores.
Na nova versão 2022 do LandOFFICE há informações sobre uso medicinal em Sistemas Agroflorestais (SAFs), basta entrar no catálogo, presente na interface inicial do LandOFFICE.
Referências:
ARGENTA, S.C. et al. Plantas Medicinais: cultura popular versus ciência. Revista Eletrônica Vivências, Rio Grande do Sul, v. 7 n. 12, p. 51-60, maio 2011.
Lorenzi e Matos. Plantas Medicinais no Brasil: Nativas e Exóticas. Nova Odessa: Plantarum, 2002, 512 p.
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