Restauração Florestal
Autor: Laís Manço Frattini - Data: 10/03/2022
Fonte: https://gazetanm.com.br/o-impacto-do-monitoramento-em-areas-em-restauracao-florestal/
No Acordo de Paris, o Brasil se comprometeu a restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030. A restauração florestal devolve à natureza o que anos de degradação ambiental devastou, promovendo a recuperação ambiental.
Há alguns modelos de restauração florestal, como:
plantio para fins ecológicos:
É um processo intencional, onde o ser humano recupera as condições ambientais do habitat para restabelecer o ecossistema que havia sido perturbado pela degradação.
regeneração natural:
Delimitar uma área, geralmente próxima a florestas e matas já estabelecidas, e deixar que a vegetação se regenere sozinha.
plantio econômico biodiverso:
É o plantio de diversas espécies vegetais intercaladas, que geram renda para o produtor rural, seja com a produção de madeira, ou de produtos não-madeireiros, como frutas, castanhas e sementes. Ademais, pode haver uma integração dessa
área com a pecuária.
Segundo a Society for Ecological Restoration International (Sociedade Internacional para a Restauração Ecológica) existem 9 fatores que determinam que a restauração ecológica foi atingida e um deles é que esse ecossistema seja formado em sua grande maioria por espécies nativas, ou seja, espécies originárias do local em que foram inseridas. Espécies exóticas, ou seja, espécies que não são originárias do local em que foram inseridas podem atrapalhar o desenvolvimentos das espécies nativas, por exemplo, competindo pelo mesmo nutriente no solo, por isso é importante se atentar caso elas sejam introduzidas na restauração.
Para alcançar a recuperação ambiental é necessário conhecer alguns princípios básicos da ecologia e as características das espécies a serem escolhidas. Essas características podem ser encontradas nas fichas botânicas do catálogo do LandOFFICE.
A regeneração de uma área degradada passa por fases sucessionais. A sucessão primária ocorre em ambiente de difícil estabelecimento de seres vivos, portanto as espécies pioneiras, capazes de se estabelecer em locais com condições austeras, são mais adequadas para esses locais. Já a sucessão secundária ocorre em um ambiente que já possuía uma comunidade de seres vivos, permitindo minimamente alguns recursos como matéria orgânica para o desenvolvimento de outras espécies. Com isso, espécies secundárias, um pouco mais exigentes, já conseguem se estabelecer no local. Por fim a sucessão chega ao clímax, com uma comunidade estável e complexa.
Entender a dinâmica dessas etapas é fundamental, pois quando uma planta é descrita para comunidade clímax, ela poderá não se desenvolver em uma comunidade secundária que não tem as condições necessárias para ela, tanto de solo, disponibilidade hídrica, nutrientes, exposição solar, etc. Vale também para plantas secundárias em comunidades clímax, que geralmente são espécies de pleno sol, e ficaram tampadas pelas copas das grandes espécies de clímax.
Outras características como rusticidade e taxa de crescimento favorecem as plantas que colonizam áreas perturbadas, e são importantes fatores a se conhecer para fins de reflorestamento.
Buscando atender às diversas demandas de nossos clientes, as fichas de espécies de plantas possuem indicações adicionais quanto à ciclo, ambiente, clima, origem, bioma, dimensões, crescimento, rusticidade, solo, etc, além das observações
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