Como e quando trocar suas plantas de vaso
Autor: Josué Magrani - Data: 24/11/2022
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Uma das formas mais comuns de se manter plantas em casa é dentro de vasos ornamentais, com isso aparecem casos em que a mudança do mesmo se faz necessária, neste momento é importante saber qual a melhor forma de se efetuar esta troca sem colocar em risco a saúde da planta. Vejamos alguns motivos que possam gerar a necessidade de trocar suas plantas de recipiente e como fazê-la.
01. Estética:
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Um motivo extremamente comum que pode se dar tanto porque o indivíduo enjoou do vaso quanto porque aquele não o agrada. Também é possível que após alguma reforma ou mudança de casa o antigo vaso não combine mais com a nova estética, fazendo-se necessária uma troca.
02. Tamanho:
Outro motivo seria quando o vaso aparenta estar muito pequeno para a planta, neste caso é interessante perceber algumas características que irão evidenciar este problema. Entre elas estão:
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a) Tamanho da raiz: Se possível, levante a planta do vaso para ver a quantidade de terra disponível. Caso as raízes estejam muito grandes, tendo crescido em volta do vaso, e a quantidade de terra seja pequena, isso mostra que o espaço disponível para a planta está muito reduzido e a terra é insuficiente para mantê-la. Neste caso é importante trocar a planta para um vaso maior e com maior volume de terra. O mesmo pode-se dizer quando as raízes começam a sair para debaixo do vaso, quando este fenômeno acontece também é um forte indicativo de que ela cresceu demais para o tamanho do vaso e está na hora de trocar.
b) Deformação do vaso: Ao perceber inchaços para fora do vaso que deformam seu formato e rachaduras laterais, suspeite de que as raízes da planta cresceram além do que o próprio vaso suporta, causando estas rupturas. Esta é outra situação da qual é de extrema importância trocar o vaso pois, além da baixa quantidade de terra para o tamanho da raiz, a água pode sair pelas rachaduras e consequentemente atrapalhando a rega. Este problema pode acontecer tanto nos vasos de plástico quanto de cimento e cerâmica.
c) Lenta absorção da água pela terra: Ao regar sua planta, é necessário observar se a água não está demorando muito para ser absorvida para dentro do vaso. Quando isso acontece geralmente significa que as raízes cresceram muito a ponto de tomar um grande espaço do vaso. Caso não seja efetuada a troca é possível que as regas sejam insuficientes para manter a planta saudável, tendo que aumentar cada vez mais a frequência em que a planta será regada por dia.
d) Crescimento das folhas: Em alguns casos são as próprias folhas, e não as raízes, que crescem demais e a troca se mostra mais como uma opção estética do que a necessidade. O dono pode achar que tem muita informação em cima do vaso, ou que as folhas estão grandes demais e está escondendo o próprio vaso. Nestas situações é possível apenas podar as plantas, mas outra opção é replantá-la e assim podendo aproveitar para criar novas mudas.
03. Acidentes:
Outro motivo bastante comum e que justifica a troca de vasos são os acidentes. É comum que uma queda seja provocada pelo vento ou trombadas e acabar por estragar o recipiente de plantio. Situações como essa podem exigir que o vaso seja replantado, mesmo em casos que seja reaproveitado o mesmo vaso.
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04. Contaminação:
Por fim, vale a pena citar como um dos motivos da troca de vaso a contaminação da terra. Quando por algum erro de cálculo ou desconhecimento a pessoa acaba colocando algum agente contaminante ou mesmo aduba a terra em excesso, o ambiente naquele vaso fica impróprio para a manutenção da planta, nesses casos o ideal é retirá-la do vaso e replantá-la trocando o substrato.
Tendo em vista a necessidade de troca de vaso fica a pergunta: Mas qual a melhor forma de executar esta tarefa sem apresentar qualquer risco para sua planta?
01. A Escolha do vaso:
O material do qual é feito fica por escolha da pessoa, podendo ser de plástico, barro, gesso, metal ou mesmo cimento, o importante neste aspecto é que o vaso tenha furos na parte inferior, permitindo que a água escoe e não acumule dentro do vaso. Neste aspecto os vasos de barro possuem uma vantagem sobre os demais, pois além do furo, ele também possui porosidade que também auxilia no escoamento da água, sendo mais apropriado para algumas plantas que não lidam bem com o excesso de água parada por longos períodos. Já os vasos de plástico, além de mais baratos, podem ser mais adequados para quem não tem tempo de regar suas plantas com tanta frequência, justamente por conseguir reter a água por períodos mais longos.
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02. O preparo:
Após escolher o vaso, resta apenas fazer a troca. Como ele terá um ou mais furos na parte inferior, ao colocar a terra, ainda solta, pode cair pelos buracos por isso, é importante tapar o fundo do vaso com algum material que possa ser facilmente removido depois, normalmente papel, pode ser tanto uma folha, quanto filtro de café e outros. No preparo também é possível utilizar pedras de drenagem, mas é totalmente opcional.
O próximo passo é escolher a terra, podendo ser terra vegetal, com ou sem adubo, terra de diatomácea (rica em dióxido de sílica) ou mesmo substrato para plantas. Sempre dê preferência para terras pretas e marrons que possuem muitos nutrientes, evite o uso de terra comum encontrada em jardins ou afins. Sempre é bom lembrar que cada planta é única e além do ambiente adequado precisam de um substrato específico para elas crescerem plenamente e saudáveis.
03. A troca:
Para fazer o preparo, primeiro coloque um pouco de terra no vaso enquanto regula a altura de acordo com a planta que será inserida nele. Depois desprenda a planta do antigo vaso, sempre com muito cuidado para não machucá-la, e caso ele seja maleável, você pode tentar deformá-lo para ir soltando a terra das laterais. Com a planta já solta, perceba se as raízes não estão muito grandes e ficaram muito grudadas formando uma espiral, caso seja esta a situação, solte-as delicadamente para que possam crescer apropriadamente (obs.: não se preocupe caso parte do substrato seja perdido neste momento). Finalmente, coloque a planta no vaso novo e apoie-a no centro para que ela não venha a tombar e comece a colocar mais terra nas laterais, preenchendo o espaço vazio no vaso. Evite colocar terra demais de forma que ao regar parte dela acabe transbordando para fora.
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Na primeira rega após a troca não se preocupe em estar colocando muita água, ela será importante para que a terra fique devidamente assentada no vaso novo, então coloque o suficiente para ela começar a escorrer pelos furos na parte inferior do mesmo. Finalizada esta parte, é só colocar o vaso no local escolhido e sua troca estará finalizada.
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