Compreendendo os tópicos do banco de dados
Autor: Laís Manço Frattini - Data: 19/02/2022
Banco de Dados do software LandOFFICE
As Fichas Botânicas do Banco de Dados do software LandOFFICE se encontram no catálogo, presente na interface inicial do programa. Elas possuem diversas características ecológicas e morfológicas das espécies vegetais cadastradas. Essas informações possuem muitas aplicações, seja para a escolha do uso e do local a ser plantado, para saber quais insetos são atraídos, a rega, etc. Matérias anteriores fazem referência a alguns indicadores das fichas botânicas, podendo orientar para algumas situações de dúvida.
As Fichas são divididas em Identificação da Planta, Caracterização, Ambientação, Dimensões, Aparência da Planta, Folhagem, Floração, Frutos, Caracterização da Planta, Propagação, Pragas e Doença e Sistemas Agroflorestais.
Na área de Identificação da Planta há informações que auxiliam no reconhecimento da espécie. (Consulte a matéria “Pontos importantes sobre o banco de dados de plantas ornamentais da AuE Soluções“). O nome científico é exclusivo daquela planta ali descrita, sendo o primeiro nome referente ao gênero e o segundo referente à espécie, e o código acompanha as iniciais desse nome (Consulte a matéria “O nome de uma planta” e o “O nome de uma planta ll: cultivar” ). As sinonímias são nomes científicos que para a mesma espécie foram invalidados. Já o nome popular é aquele pelo qual a população conhece aquela planta, podendo o mesmo nome ser atribuído para espécies diferentes. Já a família é o grupo onde este gênero está inserido (Consulte a matéria “Plantas ornamentais: Botânica para Paisagistas II”). O tipo é a visão geral da espécie, podendo ser árvore, arbusto, herbácea, palmeira, bambu, grama, suculenta e trepadeira.
Na área de caracterização encontramos os usos da espécie, Forrageiras, Frutíferas, Hortaliças, Madeireiras, Medicinais ou Ornamentais. Também há o sistema sexual da planta que pode ser hermafrodita, monóica ou dioica (Consulte a matéria “A causa da sua alergia pode estar no seu jardim”). O tempo de vida é exibido e pode ser perene, anual ou bianual.(Consulte a matéria “O ciclo das plantas e a interferência no paisagismo”).
Já na área de ambientação entramos o clima o qual a espécie está acostumada a se desenvolver, a exposição solar em ambiente, a origem, bioma e zona de rusticidade, que interferem no desenvolvimento por conta do solo, do clima (temperatura, umidade, índice pluviométrico), etc. (Consulte as matérias “Clima, Zona de resistência e Bioma: Planta certa, no lugar certo!” e “Porque devemos plantar plantas nativas”).
As dimensões apresentam o porte da planta, essencial para a criação de um projeto paisagístico, além de alguns outros fatores influenciáveis, como a rega e poda (Consulte a matéria “O cálculo de água necessário às plantas de jardim”) :
hm - altura da muda
d - distância de plantio
h - altura da planta adulta
Ø - diâmetro da copa da planta adulta
A aparência da planta também influencia em vários fatores, como por exemplo, raízes superficiais que podem danificar estruturas de construções, ou uma árvore com uma sombra densamente projetada sobre uma piscina, por isso a importância dessa área (Consulte a matéria “Arborização Urbana”).
Essa área permite conhecer a folhagem de forma estética, e também prática, pois a indicação da persistência possibilita saber se as folhas são caducas, semi-permanentes ou permanentes, ou seja se as folhas caem em determinada época ou não.
Da mesma forma que a área da folhagem, a área da floração aborda o lado estético da floração e o prático, apontando características da flor, como toxicidade, além da capacidade de atração para outros seres vivos, como abelhas e morcegos. Também é apontado a época de floração, importante para adequar o projeto de acordo com as especificações do cliente e do local.
Os frutos são descritos nas fichas de acordo com a coloração, tamanho, tipo, seco ou carnoso, capacidade de atração para outros seres vivos, algumas características mais específicas como possuir espinho, e a época de frutificação, que como na floração, é importante saber para adequar o projeto de acordo com as especificações do cliente e do local.
Já a caracterização da planta aborda características mais específicas da fisiologia e morfologia da planta, o que pode interferir na sua escolha para determinado local.
A parte de propagação mostra a melhor forma de propagar a espécie, se ela é rústica, normal ou delicada, se seu crescimento é rápido, moderado ou lento, os solos e ph indicados, além da melhor época para propagar. Fatores importantes para executar o projeto paisagístico.
O campo de pragas e doenças aponta a suscetibilidade da espécie a alguns desses agentes, e essa compreensão permite traçar estratégias para a garantia de sucesso ao fim da implementação do projeto (Consulte a matéria “Pragas e doenças que acometem as plantas”).
O SAF’s surge para auxiliar nas escolhas de espécies que além de ornamentais, podem agregar outras possibilidades como melhoramento do solo, aumento da biodiversidade através da atração de insetos e pássaros, proteção contra pragas, consumo, intoxicação, etc (Consulte a matéria “Sistemas agroflorestais” e “O sistema de consórcio entre plantas.”).
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