Os impactos das grandes cidades na saúde mental
Autor: Regina Motta - Data: 29/07/2016
Que os problemas decorrentes da vida em cidades grandes afetam a saúde da população, já é fato sabido e estudado. O Paisagismo e o Urbanismo procuram minimizar de todas formas estas consequências funestas.
Agora, pesquisou-se esta influência dos grandes centros na saúde mental de seus habitantes.
Cidades são estruturas complexas, tanto quanto o cérebro humano. No entanto, a identificação de alguns elementos estressantes no ambiente urbano, como a pouca densidade e a falta de acesso ao transporte público, pode ajudar a pensar cidades melhores para as pessoas. Esses elementos podem, portanto, ser levados em conta por urbanistas para beneficiar, a partir do planejamento urbano, a cognição e a nossa saúde
mental.
A maior causa de problemas de estresse nas cidades
Um grupo de pesquisadores italianos, em Turim, analisaram a relação entre o ambiente urbano e o impacto na saúde mental dos habitantes.
Amsterdam, Holanda, A cidade das bicicletas
Baseou-se em variações na prescrição de antidepressivos em relação às dimensões específicas do ambiente construído em volta - densidade urbana, uso misto do solo, áreas verdes, serviços públicos, acessibilidade por meio de transportes públicos.
O resultado obtido sobre a incidência de sintomas depressivos entre os adultos, medida pela prescrição de antidepressivos, diminuiu com a melhoria de algumas características específicas do ambiente urbano, principalmente, aos efeitos da densidade urbana e da acessibilidade ao transporte público.
Ciclovia no Rio de Janeiro
Observou-se que os elementos da saúde mental devem, portanto, ser levados em conta ao se pensar "políticas urbanas e investir na prestação de serviços que melhoram fatores de resiliência, acima de tudo, investir em uma boa rede de transportes públicos, de uma forma cuidadosa e igualitária em toda a cidade.
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